Tragédias podem ser evitadas com revestimentos termoacústicos incombustíveis

Diversas tragédias causadas por incêndio como a da Boate Kiss em 2013, no estúdio de um jovem DJ da cidade de Vinhedo em maio e, a mais recente, na Grenfell Tower, em Londres, poderiam ter sido evitadas se os locais contassem com revestimentos termoacústicos incombustíveis, ou seja, que não propagam chamas. Para profissionais da R Cervellini, uma das maiores distribuidoras de pisos e revestimentos do país, o erro mais comum que costuma colocar vidas em risco é avaliar o revestimento somente pela aparência e preço, na tentativa de reduzir custos.

Forro mineral Owa, Sinfornia

“Não considerar as características técnicas do material e suas certificações é um erro grave que acaba levando à escolha de um produto com desempenho inferior e que coloca a segurança em risco”, aponta o gerente de vendas Andrey Modesto.

Para a gerente comercial de obras corporativas da R Cervellini, Sandra Uliana, é imprescindível analisar sempre a especificação de classificação de fogo para rotas de fuga que seja aceita por todos os Corpos de Bombeiros do país. Segundo ela, também é importante mostrar para o cliente que é muito arriscado instalar na parede um material indicado para uso no piso, mesmo que o revestimento atenda às normas de incêndio.

Placa cimentícia Superboard, Gypsum

“Alguns clientes querem usar carpete na parede para ter um custo menor em relação a um revestimento acústico indicado para esse fim. Isso não pode acontecer em hipótese alguma, pois a norma de fogo para carpete é diferente da norma de fogo para revestimento de parede, sem contar que dessa forma não é possível conseguir aprovação do Corpo de Bombeiros”, alerta.

O engenheiro da R Cervellini, Fernando Assiz, explica que existe uma nova geração de placas cimentícias, forros e revestimentos de alta qualidade, com excelente absorção sonora, que são resistentes ao fogo e atendem normas rigorosas de segurança da Europa (EN13501-1), Estados Unidos (ASTM E84-97) e Brasil (NBR-9442).

Além da segurança contra incêndio, os revestimentos e forros minerais atuais são mais resistentes a quebras, têm visual decorativo e são fabricados com compostos naturais, livre de formaldeído, com pintura a base d’àgua e pigmentos naturais de ação bacteriostática e fungistática. As placas cimentícias que são usadas na construção seca e também são incombustíveis possuem alta resistência a impactos, são 100% reutilizáveis, resistentes a cupins, micro-organismos e proporcionam bom isolamento termoacústico.

“Esses materiais respeitam a saúde e o meio ambiente, por isso são recomendados para uso em hospitais, cinemas, auditórios, aeroportos, instituições de ensino, igrejas, casas de espetáculo, áreas administrativas, empreendimentos residenciais, entre outros ambientes”, acrescenta Assiz.

Algumas vezes o uso do revestimento adequado pode não evitar um incêndio, mas pode retardar a propagação das chamas auxiliando na ação dos bombeiros, reduzindo prejuízos e salvando vidas.